Bocchi the Rock! se parece com K-on. Eu sei, essa foi a primeira coisa que você pensou. Também foi a que eu pensei, e até está um pouco certo, mas saí muito feliz dessas primeiras impressões.
O que os dois têm de igual? Música, meninas fofas, slice of life. Contudo, esses são elementos que são relativamente comuns, inclusive juntos.
Como uma fã de animes de música em geral, Bocchi the Rock traz tudo o que a gente quer: um slice of life com um andamento bom, uma protagonista interessante, uma história que pode se tornar algo bem legal e uma comédia super leve.
Por isso, se você gostou de K-on, você com certeza também vai gostar de Bocchi the Rock, porque eles têm, de fato, bastante coisa em comum, e vou falar mais embaixo sobre algumas delas. Eu espero que, após esse texto, você saia daqui convencido(a) de que vai assistir, mesmo com Chainsaw Man passando por aí. Dá uma chance, vai!
- Gêneros: Música, Garotas fofas fazendo coisas fofas
- Estúdio: CloverWorks (SpyxFamily; Horimiya)
- Diretor: Keiichirou Saitou (animador-chave das op’s de Wonder Egg e Takt Op. Destiny)
- Material fonte: mangá
- Onde assistir: Crunchyroll
- Novos episódios: Domingo
Qual é a história de Bocchi the Rock?
Hitori Gotoh, nossa protagonista, é uma verdadeira tímida. A tímida das tímidas. O nível de fobia social de Hitori é tão grande que ela sequer tem amigas na escola. Se eu posso entrar na seara da Amandinha, nossa psicóloga por aqui, cabe dizer que ser introvertido e tímido são coisas diferentes.
A introversão é um conceito que abrange a possibilidade de ganhar energia em atividades que você realiza sozinho, e perder energia quando se está rodeado de pessoas. A timidez, no entanto, é o desconforto e a dificuldade em se relacionar socialmente.
Hitori, com o coração mole que tem, queria ter amigos e viver a vida como todo mundo. Ou seja, ela é uma pessoa super tímida. Mas sentada em casa, com seu pai, no sofá, vê uma alguém falar na TV como tocar guitarra mudou a vida de solitário que tinha.
E que, após descobrir a música, encontrou um lugar que nunca teve antes. Hitori, portanto, também decide aprender a tocar guitarra.
Então, passados três anos treinando, Hitori finalmente poderia tocar com alguém. Mas… quem? Ela terminou seu fundamental sem conseguir falar com ninguém, e sem entrar em uma banda.
Para aplacar sua solidão, criou um canal no Youtube e se apelidou de Guitarhero-san, enviando diversas músicas sem se identificar. O canal virou um sucesso, mas a vida real é um fracasso.
Agora, que ela está no Ensino Médio, ela vai tentar… de verdade, dessa vez!
Os diferenciais em slice of life
Depois de conhecer duas meninas e começar a tocar em uma banda, Bocchi toca muito mal no seu primeiro show. Apesar disso, não sabe dizer não, e continua por ali, porque cria milhares cenários na cabeça de que, um dia, será uma super estrela do rock.
Inclusive, uma das duas novas amigas fala: “Você já viu o canal da guitarhero-san? Ela é incrível!”. E ela está por ali, mas não consegue dizer que é ela, devido à timidez.
Em um trocadilho, suas novas amigas lhe dão o nome de Bocchi, devido à palavra hitoribocchi (algo como “completamente sozinha”), já que é muito solitária.
Assistir uma “fatia” da vida de alguém não seria algo muito interessante. Você, eu e grande parte do mundo não temos nada de muito importante rolando no nosso penoso cotidiano. Por isso, o que faz uma “fatia da vida de alguém” ser tão interessante?
Pessoalmente, acho que os personagens são a força motriz. Trabalhar com eles de forma a desenvolver uma empatia no espectador é o que faz todo mundo ficar vidrado na tela, querendo saber qual será o próximo passo.
Uma protagonista como Bocchi, que é extremamente tímida, tem muito a se conectar. O desejo de ser apreciado e de receber elogios; o medo de ser rejeitado e falar o que ninguém quer ouvir.
Bocchi traz aquele pedaço de timidez dentro de todo mundo, que faz o coração pular do peito quando se há medo de rejeição. Essa técnica de empatia também é o que faz K-on ser, além de outros elementos, um sucesso total.
Acompanhar Hitori é sentir que, em algum momento, ela irá conseguir vencer a timidez.
Bocchi the Rock e os detalhes
O segundo elemento que faz um slice of life ser incrível: detalhes. Seja por um aperto de mão meio esquisito, um sapato sendo colocado ou uma maçaneta sendo virada. Os detalhes, em slices of life, são importantes, bem mais do que nos outros gêneros.
E Bocchi the Rock contempla isso perfeitamente inclusive na escolha de ângulos de câmera. Olha isso!
Novamente, também tenho que dizer: música é narrativa. Sempre digo isso, seja em K-on, em Vivy ou em demais animes que já vi acerca de musicalidade.
Eu amei as duas músicas, tanto a opening quanto a ending, mas Hitori faz algo ainda melhor. Em todos os momentos em que ela está triste, pega a guitarra e cantarola sobre sua melancolia.
E isso é perfeito. É exatamente o que quem toca faz. Todos os momentos são aproveitados de alguma forma para tentar trazer inspiração ou se tornar melhor, como acontece também em bons animes de esportes.
Por fim, se liga nessa opening gostosa de ouvir!
Finalizando as primeiras impressões de Bocchi the Rock
Então, devo dizer que estou muito ansiosa para quando as meninas descobrirem que Bocchi é a guitarrista famosa que todos admiram! Ela tem muito talento e é uma ótima protagonista para se acompanhar.
Apesar dos inúmeros paralelos com K-on, Bocchi é muito diferente da Yui. E as suas contrapartes também são. Cada uma das meninas da banda tem um estilo único e divertido, que complementa a história de uma forma suave.
É sempre bom ver meninas fofas fazendo coisas fofas.
Principalmente quando se é contemplado com uma boa animação, que faz as personalidades brilharem!
Se você ainda estava em dúvida em assistir Bocchi the Rock!, assista. K-on andou para que Bocchi the Rock pudesse correr. E os dois são incríveis!
Você vai adorar, se costuma gostar de slice of life e música. Até o próximo show!